Cronologia

Oh, vida!...

Nos primeiros dias se chamam tão lindos

Cheios de paixão e brilho nos olhos

Se vêem tão maravilhosos um para com o outro

E no fogo do amor incineram os seus defeitos e diferenças

Se sentem felizes quando abraçados

E quando separados a saudade evade as suas portas

E junto com o aparecimento da saudade vai-se a felicidade

Aí, cada um chora no seu canto

Chora, por não ter por perto quem rega a sua horta!

Na tentativa de curar e cicatrizar as feridas deixadas pelas saudades a cada vez que a distancia estira

Encurtam as instancias ate mergulharem num mar de rosas

Seguindo com seus próprios pés seus pensados caminhos ate o jantar a luz de velas

E em harmonia com a vida compõem um ninho onde puderam se amar sem pudor!

Mas porque o mundo não é estático

Do dia vem a noite

E antes de assimilarem a sua melodia

Da noite vem o dia

Cada um com suas cargas e descargas

E pairam no ar episódios por eles desconhecidos

O ruído do ponteiro do relógio acaba incomodando seus corações de tanto girar sem parar

Excitados,

Semeiam na emergência e longe da consciência

Algumas mudanças sem antes passarem pelo julgamento!

É o ciclo de vida a decorrer

E uma nossa realidade a nascer

A aproximação cria distância

O amor metaboliza o ódio

Dos símbolos de vitória e glória nasce o arrependimento

E murmuravam as suas mentes no monologar das suas palavras carentes de voz e ouvidos!

Um se solta

Outro responde na mesma altura,

Ninguém mais se preocupa com o outro,

Começam os gritos

As bofetadas tomam conta do rosto

Apenas o futuro do vivido passado lhes une ao lar

E aumenta o murmurar das mentes no monologar das suas palavras carentes de voz e ouvidos!

É o inicio de uma vida negra!

Suas almas negam

Mas seus corpos se entregam!

Enquanto o homem murmura pela perca daquela mulher que revirava as ruas com semblante sexy e sedutor,

espalhando com a fragrância das suas lulas a seiva da sua juventude

atitude por ela despida e rendida por uma velha destinando-se a um velório,

A mulher murmura por aquele homem atencioso, carinhoso e inimigo das noites

E os dois perfazem na colher o veneno que torna o seu lar desabitado pelo amor!