Poeta-lenda

Imodestamente crio

e imodestamente dou

os meus versos.

São eles cartas do inviso

que acredito existam

nos terços de minhas agonias

e nas preces dos meus castigos.

Possuo duas almas,

uma ficada, outra dada

uma minha, a do poeta,

e a outra do poeta, essa de mim.

Como sou todo nesses mesmos versos

que cantam,amam e protestam

sem nada magoar

resta-me ser a poesia dos meus poemas

e, assim como as lendas,

ser a verdade dos sonhos.