MORADA DA ALMA
Vivo uma vida vazia
Minha lembranças
são como móveis velhos
cobertos pela poeira da angústia
No chão surrado
da morada de minha alma
garrafas cheias de desilusão
espalharam seus cacos e restos
ferindo o que ainda resta
do meu coração
Sinto na boca
o gosto amargo do rancor
A tristeza virou meu vício
injetado em minhas veias
com a agulha do desamor
De fato estou anestesiado
No banco do passageiro
de um trem fantasma desgovernado
assisto passivo
a vida passando descarrilhada