MORADA DA ALMA

Vivo uma vida vazia

Minha lembranças

são como móveis velhos

cobertos pela poeira da angústia

No chão surrado

da morada de minha alma

garrafas cheias de desilusão

espalharam seus cacos e restos

ferindo o que ainda resta

do meu coração

Sinto na boca

o gosto amargo do rancor

A tristeza virou meu vício

injetado em minhas veias

com a agulha do desamor

De fato estou anestesiado

No banco do passageiro

de um trem fantasma desgovernado

assisto passivo

a vida passando descarrilhada

Deep Blue
Enviado por Deep Blue em 25/11/2014
Reeditado em 26/11/2014
Código do texto: T5048073
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