A saga do amor
Por onde andará o amor?
Quem o viu?
Quem o sentiu?
Quem o detém em seus lábios?
As palavras estão vazias,
E o silencio, cheio de si!
Por onde andará o amor,
Que se deu a tantos
E os lançou no doce
Cativeiro da entrega,
Da mistura homogênea,
Da satisfação mútua.
Por onde andará o amor,
Que alem de corpos,
Uniu almas;
Alem do querer,
Uniu anseios;
Alem da vida,
Se perpetua na morte!
Por onde andará o amor,
Que elucidou o mais louco
Dos poetas;
E ao iluminar seus versos,
fez dos riachos, oceanos;
Da estrela solitária,
constelação;
Da lua, a dama da noite;
Do banco da praça,
O paraíso dos amantes!
Por onde andará o amor,
Que abriu portas,
Quebrou corrente,
Libertou os sonhos...
Que fez aflorar da face
Enrijecida pela dor,
O sorriso contagiante
Da juventude, e atirou
Às chamas, o gélido coração!
Por onde andará o amor?
Quem o viu?
Quem o sentiu?
Quem ousa descrever a
sua saga?
Somente aquele que traz
na alma suas marcas
Profundas.
Que se dividiu,
Se doou,
E mesmo deixando seus
Pedaços pelo caminho,
Nunca houve e não haverá,
Um ser tão INTEIRO.