BARCO DE PAPEL...
A proa harpeja
Linguas e sinais do leste
Que Alexandre deseja conquistar
As velas navegam céleres, ondas povoadas
Por encantos que se curvam, esguias
São à voltar emudecidas
Nesta só direção!
O Amor intenso não fala
E nem diz, só sente gritar a tênue linha
Entre a loucura e a razão
E, se Amar tanto
Não é pecado...
Recrio outro, porque pecar, eu quero...
Singra o barquinho
Águas, misturas... Céus e nuvens,
Até em tua ira... Navega sobre a pele... Enleada
Aos teus cabelos, dedo a'rrepiar canais azuis
Que remoinham um rubro sonho
Nos desejos afluindo oceanos,
O barquinho procura a passagem...
Para conseguir navegar no Céu que só teu é... ...
* *
setembro 2012
Brasil - Associação Internacional de Poetas