O MILAGRE DO AMOR
Extenuo minha andanças por vales tão pedregosos e sinuosos
E assim refino minha observância da vida
Ao doce acaso do destino
Cruzei por monstros e idéias criadas por mim mesmo
Desdém do que próprio fazia e imaginava
Sem apoio e na esteira de um sentimento imaginado ao qual só naufragava
Sufoco sem fim
Morrendo afogado dentre vários rostos e histórias malfadadas
Não conseguia sentir a respiração, em meio a certa vida não vivida
No esteio das minhas próprias crenças
Inerte ao que deveras fui
Julgava conhecedor da minha sorrateira rotina
Porém ao olhar nos cantos dos meus sonhos
Nas dobras do que ainda sobrou do que era
Surpreendo-me com tão encanto
Jardins que se abrem
Perseguindo o sol dessas pétalas tão timidamente cerradas
Que querem apenas: viver.
Fuga de quem verdadeiramente sou
Aos teus cantos e encantos
Que reluz beleza impar
Emparedada fascinante
Portou esse humilde poeta
Amou o detalhe
Pintou a vida em cores vivas
E me fez enclausurado em palavras cada vez mais soltas e alegres
Não há declaração maior
Do que reverenciar tua presença
Que fez mais sentido em minha vivência
Minha solicitude em te ofertar sempre o bem
Provem
Mantém
Sem desdém
Valorizando cada ato, cada passo
Cada fato nesse nosso universo
Hoje te amo profundamente, amada menina
Querida por dentre essência
Caminhos que se recheiam de saliência
Reluz teu azul olhar
Guiando-me cada vez mais firme
No nosso emaranhado mundo, brilhar!