Desencanto do meu olhar...
Sandra M. Julio
No interstício, entre razão e loucura,
As confissões emudecem...
Apequeno-me ante a saudade,
Rasurando a ânsia de ti.
Não fujo à obscuridade deste amor...
Apenas canto em versos a carência
Desnuda de minh’alma.
Sorrisos aprendem camuflagens...
Enquanto lágrimas umedecem a tua falta.
O tempo se desdobra em matizes adormecidos.
Como desejo e prece,
Busco tua alma sussurrando meu nome.
Entreguei aos teus medos, minha sensatez,
E aprendi a imponderável espera.
Mas inda bebo dos meus sonhos áridas esperanças,
Que flutuam à toa, pelo desencanto do meu olhar.
Sandra
14/11/05