FUTUROS CASOS...
Houve um tempo em que minha alma
bailava como as nuvens bailam
no azul do céu, como as borboletas pelos
campos e como bailam os vaga-lumes.
O meu momento era como o cantar despreocupado
tal qual o canto das cigarras típicas do verão.
O tempo passou, muitas coisas mudaram e eu continuo
a cantar sem que saiba exatamente a razão...
Sempre soube que a razão nos orienta a ser cautelosos
mormente nas questões de sentimento, acontece que não
não fui, adormeci nos braços de uma crença e por isso
ela aplicou-me uma severa pena e acabou me esquecendo.
Não sei bem definir e não seriam palavras ao vento, mas
quiçá esse período contendo características definidas
seja inato, aconteceu para que eu observasse todas
as regras e fizesse parte integrante de um aprendizado...
Os meus momentos de loucura não foram
fortuitos e sim uma causa primaria, o cantar
solitário não mais existe, seu eco desapareceu
o que permaneceu e que ficará para sempre será a
experiência adquirida para os futuros casos de amor...