ANINHA, SEIVA E POEMAS
a Shirley
O dia claro:
Chega Aninha.
Em mim, a seiva dos seus poemas,
resplandecem como as asas azuis de fada.
Aquele azul-rosa da sua imortal inocência
é algo compassivo que clareia
as brumas e os verdes prados.
Na planura das estações febris:
A paisagem que embeleza
o seu inebriante corpo,
vira planta e raiz...
Depois do sol,
que ilumina as praias de Niterói,
chegam dosagens de contentamento,
na medula crepuscular do amor.
Aninha!
defendo seus segredos...
O meu paladar sorve
os vestígios de luas
e o gemido das suas Searas.
Ao longe.
A Baia da Guanabara é bela!
Aninha tem um mistério de mulher!
Diz: que é apaixonada por Neruda,
abro Neruda e leio, releio...
E decifro suas poesias de amor.
Em outra parte da sala,
no dorso delgado do abajur,
ouço o estalo da sua voz
de terra ardente e cálice de beijos.
Em mim, em tudo.
A sua plenitude de Deusa
estar presente.
Dia sonoro:
Ouço Aninha.
Em seus olhos emanam,
céus e grafias das constelações.
Escuto,
seus sussurros de Gazela.
Ah! vasto mundo de Aninha,
dentro da luz, a sua tímida estrela.
Águas claras e buquê de flores
em meu leito ressurgido.
Amarei Aninha eternamente.
Uma predição no tremor
do mar da minha boca.
By © Alberto Araújo.
Niterói – RJ.
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: Aninha, seiva e poemas
(para melhor entendimento,
Aninha é o codinome de Shirley)