FALANDO À-TOA
A seguir, as interrogações
A rodopiarem nos sentidos,
Tirando-me o fôlego, dando-me vertigens,
Causando-me palpitações, expectativas...
Antes, o torpor, o desânimo,
Como quem escala uma montanha
E ao chegar no tão almejado pico,
Vê que se esqueceu da bandeira.
Agora é o nada. o vazio,
É o peito inerte, o corpo em cio,
São as mãos que nada alcançam!
São os pés descalços e feridos
Que, sangrando e doloridos,
Estacam. Não há como continuar!