Ego em fuga
Não quero fugir ao amor
Mas fujo-lhe às vezes.
Entregar-me-ia a ele, tão docemente
Se vencesse a inépcia de um amar
Ao qual me habituei.
Vejo o amor assumido de olhos fechados
Como uma atividade radical
Que nos pode magoar.
Vejo e não queria
Sonho um amor
Sossegado…
Embora ardente.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In ”Muita Poesia e Pouca Prosa”