Enfim o Pecado
Por um rabisco
Um sorriso, assim,
De olhar, de falsete,
De preces
Nunca ausentes,
Nas folhas ou
Nos papiros
De escrever, de desenhar,
De estros
Pela plenitude.
Lá vai o sol
Versar em outras paragens,
D’onde a flor orvalhou-se,
As folhas despertaram,
E poema, caminha a exclamação.
Lá vem a lua
Versar seus outros mistérios
D’onde a face lacrimeja-se,
Os tecidos esvoaçam
E o poema, caminha pela noite.
Enquanto os moinhos giram,
Adentra a madrugada,
Enfim o pecado.
16/11/2014
Porto Alegre - RS