Velharias high techs
Inventei uma impressora em 4 D
Para a captação de bens abstratos;
Vou imprimir a fome da cachorrinha,
o olhar denuncia olhando do portão,
que me vê um deus, e ora por pão;
A trombeta da flor o anúncio da Romã,
Ademais, de todas as flores do mato...
Retratarei ainda, os motivos do ébrio,
A contragosto fúria da mulher traída;
Ainda o idioma monótono dos pardais,
Que moram comigo sonegando aluguel,
Claro, também a inspiração do pincel,
Que plasmou a mais bela obra de arte,
Vai ser estudada depois de imprimida...
Vou registrar a seiva nutridora da flor
A borboleta pediu, irei negar àquela?
Captarei o matiz sombrio da amargura,
mesmo as cores agridoces da saudade,
o combustível que move nossa vontade,
por fim, copiarei bem nítido meu amor,
embalado pra presente enviarei a ela...