Os olhos vivos, sonham, não se silenciam

Faz tempo... nada mudou, plantado nesse estado

não consigo fechar os olhos, cair fundo no sono

com vontade depravada espalhada no sofrido corpo

desmaiar de verdade, um autêntico “sabacu-de-coroa”.

Ando meio jururu... Nada assanha nem chama sonhos

os pensamentos conhecem de sobra as tortuosas manias

o passado e cada instante da minha esfera essência

sentem, na verdade, a energia esmera vinda do fruto coração.

A capacidade de refletir

forra a ausência absurda

de animação confusa, objeto

do estado visível, sem dó

do amor, pleno, absoluto.

Ao entender os sentidos entorpecidos

a mente apertada, adormecida, falida

pesquisa na carência movida de imprecisões

o aborto do amor entregue, aos insones pensamentos...

E, nos sustentos, sacados dos elevados devaneios

arranjados, na vontade subentendida existente no coração

influenciados pelos inúmeros desejos vindo dos inacabados sonhos

esse amor cabisbaixo, distante de regras, anseia ser logo abatido.

Os olhos vivos, sonham, não se silenciam

não se atrelam, nem se abonam, não se completam

sensíveis, continuam a serem intrusos abelhudos

retesados a uma marcha arrastada sem acabamento.

Faz tempo... nada mudou, plantado nesse estado

não consigo, fechar os olhos, cair fundo no sono

ir ao extremo do pico da profundidade dormente...

E, até mesmo, quando a noite se vai

a madrugada desnorteada não me acolhe

os sonhos, ficam tristes, nem se fantasiam.

Não posso ir adiante como se fosse conto de fadas

a verdade presa, á minha frente, vigia os meus olhos...

Cromeu
Enviado por Cromeu em 15/11/2014
Reeditado em 15/11/2014
Código do texto: T5035948
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