IMACULADA...

ELA

Bebo o sabor do fel, com muita amargura

por ter sido ingênua a te esperar...e pura!...

Pois a ingenuidade da minha pureza, não te basta!...

Ainda assim, pra qualquer boca ou mão, eu hei de por limite;

jamais pra o sexo, despertarão em mim o apetite;

pois ainda pretendo me entregar-te...casta!...

ELE

Mas por onde andavas, se procurei-te por vários dias,

ainda bem antes de saber se tu existias;

se procurei-te em cada uma com quem “transei” ; em vão?...

Pois nenhuma delas parecia ser o par perfeito;

depois da “transa” o sonho era desfeito;

o que deveria ser amor; nada mais era, do que...tesão!...

ELA

Estive eu diante de ti, dias após dias, tão presente;

(o que os olhos não veem, o coração sente)

minha intimidade te expus (sem pudor) não nego...

Todo o tesão que de mim tomava conta, eu reprimi;

pois, era pensar em sexo e me lembrar de ti...

Não sei como pode existir alguém assim tão cego!...

ELE

Sou réu, confesso, pois sem que tu tomasses conhecimento,

eu te despia, só em pensamento;

te desejando, como jamais desejei uma outra pessoa!...

Pode me condenar se assim quiseres;

mas, fisicamente, eu te amava, amando outras mulheres;

amada minha, sou réu-confesso; peço, me perdoa...

ELA

Se assim é, acaba logo com este meu “jejum”;

Ele

és meu alimento do dia-a-dia; o meu desjejum...

ELA

Vem, mas com carinho; e muita sensatez...

Percorre com tuas mãos essa pele macia e sedosa;

me “devora” e comigo goza;

pois mantive-me casta, pra ter contigo, minha “primeira vez!”...

(GERALDO COELHO ZACARIAS)

Coelho Zacarias
Enviado por Coelho Zacarias em 15/11/2014
Reeditado em 15/11/2014
Código do texto: T5035785
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