Alvorada
Agora que você está aqui
e mora no meu alcance
Agora que você é real,
que sinto a tua textura...
O que eu faço?
O beijo só não basta
o corpo só já acaba
e um sentimento transborda
como um desastre natural
O que eu faço?
Com a tamanha força
transparente em seu vestido
Com a tamanha chama
que arde após o libido
O que eu faço?
Com a devastada alma
de muito frêmito não acalma
e tudo flutua, quando inunda,
e muito mais os meus olhos
a transbordar o sal e o calor
E no amor, de verdade o primeiro
E agora o que eu faço?
Com o que não cabe mais,
o que não soa e demais sua
Derrama do peito e escorre,
tal a lava que tatua
minha pele já manchada do teu nome