Mágico Instante

Estás deitada na rede da varanda
entregue a leve abandono, a ressonar
não ouves o pintassilgo chilrear
nem mesmo percebes a ciranda
de outras tantas criaturinhas
sobre o gradil que protege as fontezinhas
jorrando água no canteiro da sebe
onde o pequenino pássaro sedento
sacia a sede e se banha, e bebe

da cristalina água que te faz ninar
serpenteada aos sabores do vento
não escutas das folhas o farfalhar
do arvoredo que te sombreia o rosto
Teus cabelos revoltos no encosto
das mãos que abafam a brisa errante
representando mágico e doce instante
Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 12/11/2014
Reeditado em 14/06/2016
Código do texto: T5032085
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