"Flor de pimenteira"

Enquanto a saudade acera, a cabeça disfarça...

Embora as lembranças aquentem os pensamentos

os espaços para se desenvolver traços da presença do amor

não é suficiente para amaciar o coração em agonia.

Claro, não reclame, mas, chore se tiver vontade

esteja com as lágrimas preparadas para o sustento da dor

no canto sozinha, envolva o amor num sonho breve

e sinta o gosto da saudade chegando como mel atrevido.

É difícil a saudade não se apegar ao estreito coração

o sonho não acaba se a presença do amor é bem lembrada

e, o caminho da volta, colado, ao esteio dos pensamentos.

Não espere forças para esquecer um grande amor

o coração pena quando a perda se concretiza, vai embora

pode até derramar lágrimas no desespero da saudade

deslembrar, não há remédio, ainda, capaz de tamanha façanha.

Se no clamor da essência da inquieta saudade

o amor não se manifestar como lembranças inefáveis

serão inúteis ao coração, consolo, com palavras afetivas.

O amor pode vir a acontecer por mero acaso

a vida, cuide com carinho, não desanime, proteja

os sonhos, relutam, desenvolvem espaços, progridem...

O privilégio de permanecer sublime, “flor de pimenteira”

somente o coração, consente, á luz da esfera do amor

deixar passar, o brilho, dessa fonte, ardida, extravagante.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 10/11/2014
Código do texto: T5029604
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