MAS DEIXAR DE AMAR, JAMAIS...
Como é belo e como faz muito bem
este sentimento que se chama amor,
ele quando laça alguém faz com que
o portador realize coisas que até os anjos duvidam.
Ele faz transcender a nossa compreensão, até mesmo
permite de maneira apaixonada compor
conjuntos de poesias líricas contendo uma ardência
muito antes da chegada do verão, mesmo não
sabendo como eu.
O amor em sua plena magnitude se manifesta em
qualquer situação, não é orgulhoso, não possui desejos
impulsivos nem realiza mudanças imprevisíveis de conduta,
depois de começar vai até as raias do limite se é que existe...
O amor é o alento que comanda um coração,
é a aurora e o riso do céu, é alegria dos campos,
é o unir de corações, é o ouvir do nobre canto
da água quando despenca solitária da cascata.
Deixar de amar é não acreditar neste sublime prêmio,
é recusar dar um sorriso para a primavera,
é deixar de mergulhar num longo devaneio
para saborear o elixir dos deuses...
Os corações existentes no mundo podem não sentir
os motivos de felicidade que o circundam,
como sobre eles deixar de pairar
o espírito ideal que purifica e anima, mas
eu deixar de amar, jamais...