Renúncia

Renuncio a ti, Amado meu.

Deixo que as águas levem daqui

O fulgor desses momentos em que fico a desejar-te.

Deixo que a brisa espalhe por ares distantes

A chama ardente e incansável

Que queima em meu íntimo

Sempre que tua imagem vem a mim.

E saibas, Amado meu,

Que penso em ti, em nós,

Todos os dias, todas as horas.

Renuncio ao teu amor,

Por hoje, por agora.

Deixo que o silêncio guarde

O que não se pode extinguir;

Deixo que a saudade cuide

Daquilo que por hora não posso ter.

Amado meu,

Como amo-te!

Renuncio, porém, ao teu amor,

Para que no futuro

Esse amor possa estar mais forte, mais belo.

Renuncio ao teu amor, Amado meu,

Porque sei que as coisas divinas e sublimes

Precisam crescer em lugares puros e sagrados.

Renuncio a ti, meu Amor,

Não por não mais te amar,

Mas, por te amar demais.

Cinthya Danielle dos Reis Leal
Enviado por Cinthya Danielle dos Reis Leal em 24/02/2005
Código do texto: T5029