SUAVIDADE
És como delicada fruta onde eu beberia
todo o licor de tua suave sumidade
Como o sereno que se inebria
nos espumantes estelares da madrugada
Despindo-lhe o dorso da negritude sob
a taça láctea e orvalhada de transparente véu...
E num doce suspiro de suavíssima eructação
derrama sob o negro e profundo lençol
Bolhas faiscantes de mirantes estrelas embriagadas
na abobadada boca do teu céu...