Iluminada
Esse tom sereno que te sai da boca,
Esse jeito meigo de dizer te amo.
Não pare! por favor eu clamo,
Continue essa frase rouca.
Esse olho castanho por de traz da lente,
Muito mais bonito que essa poesia.
Por cima dos olhos, expressão macia,
Arrebata logo meu olhar demente.
Já arrebatado pelos seus caprichos,
Por ser uma vítima desse amor insano,
E num gesto belo meio que profano,
Te arrancar um beijo e dizer: te amo.
Talvez por ser louco, ou por ser covarde,
Não me fiz escravo já dos teus sorrisos,
Esse jeito belo de amostrar seus dentes,
Toda forma empenho provocar-lhe risos.
Esse liso negro que dos teus cabelos,
Quando posto a ventos, meio embaraçado,
E pelo advento de poder toca-los,
Eu diria sempre: sou teu namorado .