Sofrer de Amor
Esta dor que não me larga o coração,
Não é dor física nem sequer ficcional,
É sim a dor atroz da proibida paixão,
Que me consome a pobre alma afinal.
Esta dor que nem é assim tão pouca,
Nem é tanta assim que me faça matar,
É a dor na voz do meu chamar já rouca,
Pelos sonhos perdidos no fundo do mar.
Esta dor que não me deixa respirar,
Que me instiga a amar-te frenético,
É a dor dos meus suspiros pelo ar,
Que me impele a este amar épico.
Esta dor sei que não me largará jamais,
Eu pressinto-te perder dos meus abraços,
Não me contenho tão lamentoso aos ais,
Nesse pesadelo contínuo de embaraços.
Esta dor que me parece enlouquecer,
É fruto da frustração de não te possuir,
Queria dormir junto contigo ao anoitecer,
Antes de me privarem de vez do teu sorrir.