Quase um Pecado

Entre a cruz e a espada,

A vida, a morte, o verso infindo.

Entre a linha e a entrelinha

Sonhos d’um soneto

Irrigado de dor, de lágrimas

Confessando o amor.

Entre o desejo e o ensejo,

Apenas uma palavra

Deslizando da face, da flor

Abrindo-se inconfessa.

Entre beijo e o Abraço,

O silêncio das marés

Subindo, guiadas pela lua

Alta, altiva quase um pecado.

Entre breu e a luz,

Ais, de poema, de poesia,

De cálice, de milagre.

06/11/2014

Porto Alegre - RS