AINDA SEREI ALVO...
Meus olhos marejam lágrimas cristalinas idênticas
como as águas que vertem das pedras formando sua
correnteza, ou iguais o gotejar da chuva que cai lá fora
talvez por isso, é que minha face ressuma tristezas.
Meus sentidos comunicam que o estado é
passageiro, que tudo com o tempo permanecerá
só na lembrança, mas engano faz tanto tempo
que meus olhos apresentam-se rasos de água.
Urge que eu vá ao encontro de uma solução
do caso que surgiu após inocentes concessões
resultantes de um afeto e que chegou ao extremo,
por isso faço questão fechada para encontrar
a minha tão esperada ventura.
Chegou a hora de pôr um termo às minhas
torturas, de pagar as antigas e impostas culpas,
não pretendo permanecer nas fileiras dos bastardos
afinal, sou filho legítimo de um sentimento.
As chuvas hão de cessar, meus olhos não serão
mais toldados como o nevoeiro que ofusca a
a paisagem aproxima-se o dia em que serei
alvo de uma eterna e abundante felicidade,
dela sim quero matar a saudade...