Auroras

Os abraços foram ficando vazios,

Ficou as auroras, o olhar turvo.

Adormecendo no rosto magro,

Acurvado pelos manuscritos

Dos meus encarceramentos

Meu consciente prendeu-se

A teogonias dos deuses alados,

Tenho agora desejos fracionados,

Pedras e montanhas em evaporação.

Noites claras e olhos abnegados

Possuindo invernos lúdicos

Para distração da alma.

Raí nonato