Luas Insultadas .
Ao teu ombro ampara-me ao vapor do teu calor , sinto
teus olhos como a névoa fria do amor que está além dos
balanços que produzimos , entre as mãos que se prendem
como as flores , sobre seus espinhos , caem em saudades .
Quando amanheço ao balançar da rede que acalma-me .
Perco-me aos teus balanços de amor , sobre as luas que
passaram em nossos jardins , de onde vens com teus
beijos , achegando ao meu corpo , paisagens das estrelas .
Balança minh'alma , sobre as luas ao teu cálice vagaroso !
Sobre todas as ondas dos teus acalentos , entre minhas
vibrações , lágrimas que caem nas chuvas dos lábios teus ...
Sobre as alvoradas das noitinhas , dorme meu corpo ao teu !
Desnudos pelos perfumes , que brindam as cordas que tocam
nossos corações , balança a rede , deixe as luas insultadas .