Luas Insultadas .

Ao teu ombro ampara-me ao vapor do teu calor , sinto

teus olhos como a névoa fria do amor que está além dos

balanços que produzimos , entre as mãos que se prendem

como as flores , sobre seus espinhos , caem em saudades .

Quando amanheço ao balançar da rede que acalma-me .

Perco-me aos teus balanços de amor , sobre as luas que

passaram em nossos jardins , de onde vens com teus

beijos , achegando ao meu corpo , paisagens das estrelas .

Balança minh'alma , sobre as luas ao teu cálice vagaroso !

Sobre todas as ondas dos teus acalentos , entre minhas

vibrações , lágrimas que caem nas chuvas dos lábios teus ...

Sobre as alvoradas das noitinhas , dorme meu corpo ao teu !

Desnudos pelos perfumes , que brindam as cordas que tocam

nossos corações , balança a rede , deixe as luas insultadas .

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 05/11/2014
Código do texto: T5023736
Classificação de conteúdo: seguro