Trilha do tempo
Abri a janela do tempo
Descobri minha existência
Minha alma em calmaria
Gritando por clemencia
Na fúria incessante do vento.
Valha-me! Ave-Maria
Esqueça saudade e lamento
A mãe em desespero dizia
Longe de mim peçonhento!
O Cravo calado pegou a Rosa
Sentaram-se no banco da praça
Sorrindo cheios de graça
Expandiam-se os pensamentos.
O menino ranzinza e inquieto
Ao lado da rosa sentou
Ganhou um beijo e um abraço
Andando o passo apertou
E aqui nunca mais voltou.
Rosa-rosinha, Cravo-cravinho.
Embalaram o sino da matriz
No retinido das vozes
As portas do convento fecharam-se
E eu fui caminhar sozinho.