Trilha do tempo

Abri a janela do tempo

Descobri minha existência

Minha alma em calmaria

Gritando por clemencia

Na fúria incessante do vento.

Valha-me! Ave-Maria

Esqueça saudade e lamento

A mãe em desespero dizia

Longe de mim peçonhento!

O Cravo calado pegou a Rosa

Sentaram-se no banco da praça

Sorrindo cheios de graça

Expandiam-se os pensamentos.

O menino ranzinza e inquieto

Ao lado da rosa sentou

Ganhou um beijo e um abraço

Andando o passo apertou

E aqui nunca mais voltou.

Rosa-rosinha, Cravo-cravinho.

Embalaram o sino da matriz

No retinido das vozes

As portas do convento fecharam-se

E eu fui caminhar sozinho.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 04/11/2014
Reeditado em 05/11/2014
Código do texto: T5023094
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