Poema do amor demais

Cantar teu corpo e teus lábios frêmitos,

Me convidando ao amor mais sincero.

De pronto me atiro em colo recôndito,

Desfiando cores a soluçar te espero.

Assaz arguto, despenco em teu seio,

No meu enleio a envolvo em flores.

Na cadência rítmica do teu corpo lânguido,

Transformo o breu da fria noite em cores.

Em meu cérebro febril realizo o gosto,

Do prazer que brota dos eriçados poros.

Vitoriosa brisa a soprar-lhe o rosto,

Que o sol inebria com permissão de Apolo.

Um enlevo para os olhos mais honestos,

São teus gestos de doçura angelical.

O frescor do orvalho por sobre a relva,

Intumesce minha longa espera de um mortal.

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 26/05/2007
Código do texto: T502302
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