Poema do amor demais
Cantar teu corpo e teus lábios frêmitos,
Me convidando ao amor mais sincero.
De pronto me atiro em colo recôndito,
Desfiando cores a soluçar te espero.
Assaz arguto, despenco em teu seio,
No meu enleio a envolvo em flores.
Na cadência rítmica do teu corpo lânguido,
Transformo o breu da fria noite em cores.
Em meu cérebro febril realizo o gosto,
Do prazer que brota dos eriçados poros.
Vitoriosa brisa a soprar-lhe o rosto,
Que o sol inebria com permissão de Apolo.
Um enlevo para os olhos mais honestos,
São teus gestos de doçura angelical.
O frescor do orvalho por sobre a relva,
Intumesce minha longa espera de um mortal.