O difícil adeus
Quis eu apenas gravitar em teu entôrno
ver teceres tuas imagens, lentamente e longe
ao menos
me bastava
naqueles instantes
com os olhos
cheios d'água
e de você.
No entanto
indiferente
dançavas
teus sonhos
destruía(m) (s) ilusões
e com teu corpo-pássaro
atravessavas continentes
insensível à tempestade que se abatia
na ilha onde me deixaste.
Tua imagem primêva, queria eu resgatá-la
a qualquer custo (Deus me livrou da cola (de sapateiro*))
em vão....
em inúmeros momentos,
somente com meus pensamentos,
busquei materializar-te
e, após longas tentativas
já sem fôlego, (meu pensamento voava! (em caracol))(o corpo clamava serenidade) (tempestades (com relâmpagos) atravessavam meus céus)
restou-me apenas,
em terra (então encharcada)
amparar-me sob
um para-raios
esperando a bonanza
que,
ciclicamente, o tempo
haveria de trazer
esperando o germinar
de antigas sementes
inda guardadas dentro de mim
ora regadas por meus prantos.
Obs.: Cheirar cola de sapateiro proporciona lembranças quase que palpáveis.