Amor de Furacão
Me pergunto porque ainda não veio a avalanche
O tornado ou as benditas borboletas no estômago
Por que só tem uma semana e é como se eu simplesmente tivesse me acostumado com sua presença
Como o vaso que ao entrar pela porta
Caso não esteja no mesmo lugar darei falta
Mas não estimo com amor
Me pergunto porque ainda não senti as correntes se quebrando
Não me importei com o abandono
e não coro como se estivesse apaixonada
Me pergunto porque ainda não fiz do teu tudo
um mundo novo pra mim
e te deixei viver no meu nada ártico
um polo onde posso te isolar
de mim mesma.
Me pergunto porque tanto faz se ao teu lado sinto frio ou calor
por que não existem ondas de calafrio percorrendo a pele
e o tanto faz já toma conta
Por que não acredito em amor sem paixão
Ódio sem rancor
nem em vulcão sem larvas
Não há tornado sem vento
Não há poesia sem fundo de sentimento
Amor de Furacão
é brisa pro meu intento!