ODE AO AMOR ESPERADO E JÁ CONHECIDO
ODE AO AMOR
Desejo no amor mãos dadas, jamais atadas
Almejo no amor corpos unidos, jamais sumidos
Gracejo no amor olhos brilhantes, jamais distantes
Prevejo no amor coração pleno, jamais obsceno
Pelejo no amor caminho aberto, jamais coberto
Antevejo no amor fala intensa, jamais suspensa
Festejo no amor boca ardente, jamais carente
ODE COM HUMOR
Cabe-me sorriso maroto em forma de desejo
Sabe-me os segredos por isso a ti almejo
Sobe-me à mente somando emoção e gracejo
Pede-me vontades que a mim também prevejo
Fala-me de encantos que há muito busco e pelejo
Canta-me a alma sabendo ser aquele que antevejo
Ama-me em silêncio que soa-me feito festejo
ODE E CALOR
Ah indecente desejo que habita os que ainda sonham
Ah reticente ser que almejo sem consciência do quanto
Ah ardente gracejo que adentra e sabe possuir entranhas
Ah potente amor que prevejo sem por ele me mostrar
Ah contente sou, pois pelejo, mas inteira sinto ao vê-lo
Ah recente futuro que antevejo sem que o mesmo o faça
Ah contente canto e festejo pois desde ontem soube do amanhã
ODE SEM TEMOR
Sonhar deixando de lado o agir é sim de você desistir
Quando deixo isso ocorrer sei o quanto posso perder
Entranhas e vísceras expostas serão e me consumirão
Mostrar-me é em parte isso tudo assumir sem resumir
Vê-lo assim com nudez de sentimento que traduz o momento
Faça sim o que há de se fazer, para que nada possa me conter
Amanhã será um pouco daquilo seu naquilo que se torna meu
ODE COM ARDOR
Arda-me em falas ao invés do silêncio que consome as línguas
Arda-me em mãos ao invés do toque que devora os gostos
Arda-me em gestos ao invés da inércia do ato inexato
Arda-me em medos ao invés do óbvio que distancia-nos
Arda-me em juras ao invés do eco que torna-nos silentes
Arda-me em ósculos ao invés do breve roçar dos rostos
Arda-me em vida ao invés de desterrar-me de seu peito
ODE POR FAVOR
Num universo tão perverso que povoo o amor é mais que favor
Num universo tão diverso que habito o favor é mais que humor
Num universo tão inverso que acredito humor é mais que temor
Num universo tão imerso que construo o temor é mais que sabor
Num universo tão disperso que percebo o sabor é mais que ardor
Num universo tão reverso que arrisco o ardor é mais que calor
Num universo tão submerso que construo o calor é mais que amor