Crêperie et Poésie
Acróstico volátil
.
A. água, água-fresca, água pura - ARTE - água-benta, água-pé
M. mão, meio, mão-de-fátima – ínsula – coração, medo, e mito
O. órgão, órfão, órbita, orgulho – ordenado (minguado, minguado)
R. rigor – ruína – rodízio – frontispício – fortuna, e rio
.
A. antiguidade – amigo – AMOR – amante
R. rua – riso, rito – rilhafoles
T. tirania – tira-teimas – tiradentes
E. erosão – erecção – e – emancipação. ETERNIDADE.
.
Na tua companhia,
Nem senti o dia
que morria
e assim noiteceu.
Suavemente, a tarde
adormeceu
.
...e quando regresso a casa
não encontro a brasa
que me abrasa
.
Kadê? Porquê? Fugiu?
Não
Ela (a brasa) é como a água do rio
Corre, dança, flutua
– bola de sabão, estoira no ar
E quando volta a poisar,
Volta carente, despida, e nua
Pronta a voar, pronta a ser tua
.
.
© Myriam Jubilot de Carvalho
Paris, refeitório do Museu de Arte Moderna
s/d
.