*AMOR E FOTOGRAFIA*
Este rosto de mulher emoldurado
Que queima tua lembrança adormecida
Imagens que a mente cria e grava
Reflete admiração por toda a vida
É quadro que a miragem bem resguarda
Que o tempo congelando em imagem fria
Rasga os vestígios em duro quadro
E só nas recordações é alento e vida
Mas, a felicidade ilude os vãos momentos
Satisfazendo a busca em nossas vidas
Gozo de amor contentamento, finda.
E a correnteza vai passando incólume
E nosso olhar procura um novo brilho
Como um delírio num sustentáculo fio
Amiga; que me dera se assim fosse,
O fogo que se foi não queima mais.
Quebrada esta compota acaba o doce
Amor que já se foi, volta jamais.
O vento que alegria, um dia trouxe
Perdido noutros cantos tão distais,
Navio de esperança que afundou-se;
Um náufrago distante de outro cais...
Somente a correnteza que me leva
À morte com seu passo que é veloz,
Restando a solidão, amarga treva.
Um rio vai secando antes da foz.
A morte, ao crocitar, inda me enleva
Qual companheira amada, minha algoz...
SOGUEIRA
Marcos Loures
Este rosto de mulher emoldurado
Que queima tua lembrança adormecida
Imagens que a mente cria e grava
Reflete admiração por toda a vida
É quadro que a miragem bem resguarda
Que o tempo congelando em imagem fria
Rasga os vestígios em duro quadro
E só nas recordações é alento e vida
Mas, a felicidade ilude os vãos momentos
Satisfazendo a busca em nossas vidas
Gozo de amor contentamento, finda.
E a correnteza vai passando incólume
E nosso olhar procura um novo brilho
Como um delírio num sustentáculo fio
Amiga; que me dera se assim fosse,
O fogo que se foi não queima mais.
Quebrada esta compota acaba o doce
Amor que já se foi, volta jamais.
O vento que alegria, um dia trouxe
Perdido noutros cantos tão distais,
Navio de esperança que afundou-se;
Um náufrago distante de outro cais...
Somente a correnteza que me leva
À morte com seu passo que é veloz,
Restando a solidão, amarga treva.
Um rio vai secando antes da foz.
A morte, ao crocitar, inda me enleva
Qual companheira amada, minha algoz...
SOGUEIRA
Marcos Loures