ÍGNEO
Quando falo de ti ou a ti
Não sou Poeta. Não, não sou
Sou sim, apenas o ardor
E sentimentos que por vezes não me cabem
Sou todos os desejos que me invadem
E todo fogo que me varre as entranhas
Eis que sou, a tez e o perfume exalado
De todas as floradas que feneceram e serei
As que ainda hão, de florescer, a te esperar
Ela, a gardênia, ainda continua lá
Onde busco-te além e aquém de mim
Quando, a saudade, é bem, bem maior
que esta vontade de fugir
Porque incendeias a minh' alma assim ?
***
Minha ardente magma vulcânica
De ti, recebo o calor ardente
que me vai aquecendo a ALMA
Eu, nada sou, mas em ti me inspiro!
E aqui estou, para te ler, e sentir
o florescer da tua chama.
Quero mais que muito
o calor fervoroso dos teus sentidos
Porque tudo, faz sentido!
Isto não é fácil não!
E a gardênia na tua pureza natural
é testemunha.
Tu e o teu sexto sentido.
Júlio Manoel