“ROSA AMASSADA”.


Quando o sereno cai forte no chão
E molha o meu violão...
E a janela não abre;
Bate forte a desilusão
E forte a dor no coração
Ela dorme e não sabe,
Às vezes eu saio chorando
Noutras vezes cantando
Tocando o meu violão.
Outro dia ali estava
Sentado naquela calçada
Serestando para ela,
Quando abriu a janela
Que olhei pro rosto dela
Joguei-lhe um beijo com a mão;
Joguei uma rosa amassada
Ela jogou na calçada
Doeu o meu coração;
A rosa não foi roubada
Eu encontrei na estrada
Caiu de um caramanchão...
Talvez por ter sido usada
Ela ficou tão zangada
Jogando a rosa no chão;
Dei meia volta, e fui embora,
Por que sei que a nossa história
Vai além da imaginação.