O Mistério do Amor

O mistério do verdadeiro Amor que se escondia em Ti,

Ali sempre morou evocando a essência sentida da vida,

Tão-somente o fermento que enaltece a alma,

Carecida de transfiguração em paixão proibida,

Para todo o sempre valorizará essa palavra bendita,

E dar-ma-ás a conhecer a mim que a desconhecia,

Até me apareceres num cavalo branco alado,

Surgindo com os cabelos negros soltos ao vento,

Vinhas nua vestida com um manto de estrelas cadentes,

As flores caiam incólumes à tua enlevada passagem,

E eram tantos os lírios, as camélias, as rosas e as malvas,

Todos elas ofuscadas por Ti a mais bela flor jamais largada,

Aos meus braços vieste repousar como uma leve pena,

A indelével inocência imaculada que de ti me trespassava,

Com o altivo Amor imenso que do teu coração brotava,

E pobre de mim rendido ao teu encantamento de fada,

Lavaste-me todas as minhas dores perpétuas insanáveis,

Eu fiquei sereno e apaziguado sem quaisquer mazelas,

Dos tempos em que pela tua ansiada vinda eu só chorava,

Ficaram apenas as fabulações oníricas que imaginava,

Em belos sonhos de arco-íris raiados em Ti projectados,

Fui fulminado e preso pela tua áurea de luz concupiscente,

Minha rainha do Amor que eu venero e sublevo até morrer.

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 30/10/2014
Código do texto: T5017366
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