O Mistério do Amor
O mistério do verdadeiro Amor que se escondia em Ti,
Ali sempre morou evocando a essência sentida da vida,
Tão-somente o fermento que enaltece a alma,
Carecida de transfiguração em paixão proibida,
Para todo o sempre valorizará essa palavra bendita,
E dar-ma-ás a conhecer a mim que a desconhecia,
Até me apareceres num cavalo branco alado,
Surgindo com os cabelos negros soltos ao vento,
Vinhas nua vestida com um manto de estrelas cadentes,
As flores caiam incólumes à tua enlevada passagem,
E eram tantos os lírios, as camélias, as rosas e as malvas,
Todos elas ofuscadas por Ti a mais bela flor jamais largada,
Aos meus braços vieste repousar como uma leve pena,
A indelével inocência imaculada que de ti me trespassava,
Com o altivo Amor imenso que do teu coração brotava,
E pobre de mim rendido ao teu encantamento de fada,
Lavaste-me todas as minhas dores perpétuas insanáveis,
Eu fiquei sereno e apaziguado sem quaisquer mazelas,
Dos tempos em que pela tua ansiada vinda eu só chorava,
Ficaram apenas as fabulações oníricas que imaginava,
Em belos sonhos de arco-íris raiados em Ti projectados,
Fui fulminado e preso pela tua áurea de luz concupiscente,
Minha rainha do Amor que eu venero e sublevo até morrer.