Quando a Saudade Aperta

Já estou cansado de correr,

Voltar, esperar, fugir.

Do quê? Nem sei...

Cansado de ver teu sorriso em todos os rostos.

Já bastam as lembranças inquietas em mim.

O teu sorriso insiste em ficar,

O teu olhar me revira a alma,

Deixe-me quieto aqui!

Eu já estou cansado dos resquícios de ti.

E de noite não consigo dormir em paz

E quando durmo, contigo sonho.

A saudade me bate a porta todos os dias

E eu finjo que não ouço,

Que não dói,

Eu finjo que não sinto!

Quem sabe um dia ela desiste de me torturar.

Eu juro, eu sei, que nada entre nós dois deu certo.

Todas as tentativas foram catastróficas,

Quando eu tentei chegar mais perto

Mais distante eu ficava, não era pra ser, talvez.

Mas quando a saudade aperta

Eu esqueço tudo,

Das palavras, e da ausência delas.

Esqueço que às vezes te odeio

E não lembro que quero te esquecer de vez

E eu só lembro que te quero bem,

Que te quero perto,

Que te amo, e nada mais!

(G)