Ruas estreitas
Pela estreita ladeira
Ouço a musica da velhice,
A sombra desolada sem chama,
A cabeça enrugada da submissão,
A sede no leito insalubre.
Pela estreita rua
Um cântaro de pedras nuas,
Limo entre as fendas,
Na beira do mar de portos,
A ânsia incolor da distancia.
Na estreita ladeira,
O declive aclive da dissonância
A terra batida do coração,
O pão dormido da insônia,
Colunas de granito na lama.
Raí nonato