Ruas estreitas

Pela estreita ladeira

Ouço a musica da velhice,

A sombra desolada sem chama,

A cabeça enrugada da submissão,

A sede no leito insalubre.

Pela estreita rua

Um cântaro de pedras nuas,

Limo entre as fendas,

Na beira do mar de portos,

A ânsia incolor da distancia.

Na estreita ladeira,

O declive aclive da dissonância

A terra batida do coração,

O pão dormido da insônia,

Colunas de granito na lama.

Raí nonato

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 30/10/2014
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