Confissão
Quero-te em mim
Sempre que se anunciar a noite
E no cristal de todas as estrelas.
Quero-te em mim
Quando subirem as marés
E os peixes pratearem o mar.
Quero-te em mim
Sempre que cantarem as baleias
E no tanger dos botos aos cardumes.
Assim, quem sabe, se erga um vento
Sobre falésias, campos e desertos
Eternizando nossos nomes.
Quero-te em mim
No crepitar do fogo
No gelo da cordilheira
Pois no querer de quem deseja
Não deve haver fronteira
Que se proibam
Relógios, rótulos, barreiras,
Pois sei que vou te amar.
Quero-te em mim
No teu coração lavrado
E ser a cicatriz
Deste querer de resgate, perenizado.
Do teu palco, ser a atriz
Para ti, ser o pecado
Quero-te sempre em mim.
Beijo a todos!