ROSA INGRATA

Penso que estou atento a tudo

Sigo em frente e não mudo

De direção nem por nada

O sol e o vento batem no meu rosto

Sinto no paladar o desgosto

Da luta louca e atormentada

Esse silencio profundo que sinto

Falo sempre a verdade e não minto

Que dói o peso torpe da solidão

Já não vejo a Rosa a muito tempo

Desde que ela seguiu ao sabor do vento

Só deixou saudade no meu coração

A uns trinta anos que isso aconteceu

Pegou suas roupas e desapareceu

Saiu dizendo, um dia eu volto meu nego

E me deixou abandonado

O outro lado na cama está gelado

Rosinha levou embora o meu aconchego!

Escrito as 10:13 hrs., de 27/10/2014 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 27/10/2014
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