LÁBIOS ÍGNEOS
Um lago cristalino e límpido
Refrata o som do seu olhar
Na púrpura rosa ígneo vívido
Pétalas em seus lábios a roçar.
Na sua taça de bebida embriagante
Lábios de carmesim, brilho inebriante
Neles quero sorver o vinho da volúpia
Na doçura cândida da voz em entropia.
Desbravar sua geografia, seu relevo
Descobrir paisagens de onírico enlevo
Perder-me em rios de cascatas e matas
De perfumes e flores, sons de sonatas.