tautorimas
Assim como em público desnudar,
Vou confessar uma coisinha a vós;
Sei, prudência é bem pra se buscar,
E de antanho já diziam nossos avós;
tantos barulhos que devo escutar,
ouço sempre, e nunquinha é a voz...
voz de uma princesa que ouvir apraz,
e desfila alhures seu encanto e graça;
claro, seu nome omitirei, assim se faz,
seria indiscreto se revelasse sua graça;
e discrição é um bem que retém a paz,
paz aos prudentes, Deus dá de graça...
escolhas são nossas e consequências
sede valoriza mais a água que a mata,
quando capitulamos à imprudências ,
o anseio é sumir, nas brenhas da mata,
os, erros acrescentam saber, vivências,
na real, a inércia da alma é que mata...
e a minha tem sido laboriosa , deveras,
desde tempos, não estou mais na flor;
sei, bem pouco valem essas quimeras,
que ela receba esse poema como flor;
contra a rejeição, o amor atravessa eras,
de modo que ela sempre será minha flor...
cada poeta é rei nos devaneios do ser,
mesmo que ter, se volte contra a Coroa;
se desde cedo aprende a pensar o viver,
será bem sábio quando já for um coroa;
e por amor impossível, doente morrer,
quiçá a amada, no jazigo porá uma coroa...
Se a alma puder ver isso antes do voo
ainda que tardia será uma prenda cara;
enviará fluídos pra dizer, eu te perdoo,
por todo desprezo jogado na minha cara;
na vida soltamos os bichos, amplo zoo,
mas, a morte arrefece os ímpetos do cara...