Meu amor...
Meu peito está atrelado ao desalento
É de uma dor deveras acumulada
Foste-me a quimera ao meu relento
Tão quanto as minhas asas imaculadas
Desta triste cena não mais a pinto
Quero os estampidos perto do meu corpo
Que entreabro aos gritos e aos gemidos
Tal qual a genitália desse espinho morto
E não deves gostar-me nem um pouco
Pois sou "anjo no nome, Angélica na cara"
E fui aos teus desejos mais barrocos
Tanto quanto fui o teu vício e a tua tara
Não me vejas como anja, eu te digo:
_Pois sou o demônio manifestado
Não me faças nada ou te bendigo
Que me faças tudo em nós atados
NOTA: "anjo no nome, angélica na cara"
(Citação de Gregório de Matos)