CLAUSURA
Ah se eu tivesse alguns anos menos
Tivesse ela alguns anos mais
Aquele olhar; aquele tiro certo
Deixaria no vazio jamais
Aquele olhar eu evito cauto
Quando me fita a linda donzela
Agora é tarde pra lhe falar de amor.
Quanta meiguice! Que beleza aquela!
Somente agora me acende a chama
E me obriga amar em segredo
Ai vida louca que me acabo louco
Se de amá-la não perder o medo
É medo sim, pois já vivi de tudo
Sei do horror da solidão atroz
Das horas mortas e infinitas noites
Quando a um amor é negada voz
Mortas noites de tortura e dor
A matutar o impossível anseio
Chego a lançar no vadio vento
A poesia deste meu enleio
Quem sabe o vento aos ouvidos dela
Nem que seja um versinho apenas
Faça chegar de manso numa noite
E me redima da maldita pena
Se todo amante do amar fugir
Ceder ao fado que a vida impõe
O que será do amor mais puro
A que estão sujeito os nossos corações?
Não poderá se chamar amor
Nem é amar o malogrado feito
Negar a si o próprio sentimento
E deixar a dor trancada no peito
Ah se eu tivesse alguns anos menos
Tivesse ela alguns anos mais
Aquele olhar; aquele tiro certo
Deixaria no vazio jamais
Aquele olhar eu evito cauto
Quando me fita a linda donzela
Agora é tarde pra lhe falar de amor.
Quanta meiguice! Que beleza aquela!
Somente agora me acende a chama
E me obriga amar em segredo
Ai vida louca que me acabo louco
Se de amá-la não perder o medo
É medo sim, pois já vivi de tudo
Sei do horror da solidão atroz
Das horas mortas e infinitas noites
Quando a um amor é negada voz
Mortas noites de tortura e dor
A matutar o impossível anseio
Chego a lançar no vadio vento
A poesia deste meu enleio
Quem sabe o vento aos ouvidos dela
Nem que seja um versinho apenas
Faça chegar de manso numa noite
E me redima da maldita pena
Se todo amante do amar fugir
Ceder ao fado que a vida impõe
O que será do amor mais puro
A que estão sujeito os nossos corações?
Não poderá se chamar amor
Nem é amar o malogrado feito
Negar a si o próprio sentimento
E deixar a dor trancada no peito