OÁSIS
Pelo deserto da solidão
Vagava pelos ermos perdido,
Na ânsia delirante
A uma flor seca agarrado,
Firmemente presa na mão.
Vendo-me perder os sentidos
Sem forças para emitir gemidos
Encontrava-me nos braços da sorte
Aguardava como salvação, a morte!
Eis que da visão, um lume,
Num raio de luz, à margem,
Julgo vislumbrar um ponto de esplendor
E nasce o temor, que seja só uma miragem!
A passo lento me aproximo,
Quanto mais perto, maior o extasio,
Ao perceber a existência de um oásis
Onde findará todo meu vazio!
Um oásis cheio de vida,
De belezas, de flores mil,
Onde jorra água da terra,
Numa fonte de amor gentil!
No frescor de sua sombra
Aconchego-me no viver,
Reencontro a beleza de amar,
Retorno a acreditar na força de ser!
Pequeno paraíso perdido
Em um deserto ardente!
Assim é você, que no seu amor
Devolveu-me a vida,
Na qual exulto contente!
Revigorado pela força do amor
Posso agora enfrentar nova jornada
Do deserto posso superar a dor,
Em você, meu oásis de amor,
Minha amada!