E aconteceu...
E um dia aconteceu...
E agora?
Ah, como segurar as pernas
que pensam ser de bailarina
ou borboletas
que querem alçar voos.
Que fazer
com o gosto de chiclete na boca?
E com a ventania audaz
a resvalar pelo rosto?
A pouca idade
Às vezes prega peças.
E como prender o sorriso nervoso
Que aflora entredentes?
Como segurar a menina dos olhos
atrevida a vagar?
Que sendo fraca
entrega o ouro ao bandido,
enrola braços em rodopios
em busca de um lugar
onde ficar?
Isto é o amor
Que acontece aos mortais.
Que amadurecem
junto a este sentimento.
Quando se permitem
ao outro se doar.