Não há portos que queira abarcar
Não há terra que me seduza
A ponto de me fazer deixar meu mar!
Não há quem entenda meu prazer na solidão
Mas é no silêncio em que mergulha o mundo
É na lua refletida em muitas águas
Que vislumbro a paz por mim desejada...
Talvez a parte de mim separada
seja tão grande que comigo não restou quase nada
e parece ser densa para em corpo viver aprisionada...
Por isso sou gratidão pelos olhos que se perde na beleza do mundo
Pelo coração que se acha no cantar profundo dos pássaros
Pela boca que sente o doce do mel e não teme o amargo
Sem o fel, o doce não seria distinguido, assim como sem a noite
Eu viveria sem ver todas as formas e tudo que reflete o céu...
E se fosse somente dia, seria solitário o sol, uma estrela apenas conheceria
Emanando melancolia... E não haveria tempo pra sonhar...
Sou gratidão, pois posso ver-te existindo em tudo que posso tocar
E brilhando na mais distante estrela que me mostra o norte
No vento que sopra forte e me leva ao certo, mesmo com o leme quebrado
Não tem formas, és tu uma terna certeza de que a vida não tem fim
E que o universo é composto de dois lados...
Não tens um rosto a ser adorado
E nem lábios que possam ser beijados...
Não tens nome, e não há destino para endereçar-te minhas cartas...
Mas existes tão forte e presente quanto quem está ao lado...
Pois o sinto em tudo que ainda é e no que ainda está sendo criado...
Não há como amar uma única célula da criação
Pois o meu amor é todas as coisas do principio ao fim da imensidão!
Então não amar, seria desdenhá-lo, por isso amo, mas amo sem algemas
Sem ficar ao lado, então quem ainda faz do amor prisão, perto de mim há de sentir-se solitário...
Não há terra que me seduza
A ponto de me fazer deixar meu mar!
Não há quem entenda meu prazer na solidão
Mas é no silêncio em que mergulha o mundo
É na lua refletida em muitas águas
Que vislumbro a paz por mim desejada...
Talvez a parte de mim separada
seja tão grande que comigo não restou quase nada
e parece ser densa para em corpo viver aprisionada...
Por isso sou gratidão pelos olhos que se perde na beleza do mundo
Pelo coração que se acha no cantar profundo dos pássaros
Pela boca que sente o doce do mel e não teme o amargo
Sem o fel, o doce não seria distinguido, assim como sem a noite
Eu viveria sem ver todas as formas e tudo que reflete o céu...
E se fosse somente dia, seria solitário o sol, uma estrela apenas conheceria
Emanando melancolia... E não haveria tempo pra sonhar...
Sou gratidão, pois posso ver-te existindo em tudo que posso tocar
E brilhando na mais distante estrela que me mostra o norte
No vento que sopra forte e me leva ao certo, mesmo com o leme quebrado
Não tem formas, és tu uma terna certeza de que a vida não tem fim
E que o universo é composto de dois lados...
Não tens um rosto a ser adorado
E nem lábios que possam ser beijados...
Não tens nome, e não há destino para endereçar-te minhas cartas...
Mas existes tão forte e presente quanto quem está ao lado...
Pois o sinto em tudo que ainda é e no que ainda está sendo criado...
Não há como amar uma única célula da criação
Pois o meu amor é todas as coisas do principio ao fim da imensidão!
Então não amar, seria desdenhá-lo, por isso amo, mas amo sem algemas
Sem ficar ao lado, então quem ainda faz do amor prisão, perto de mim há de sentir-se solitário...