QUANDO NASCE O AMOR
No dia em que o amor nasceu na alma
Era um desses dias infelizes sem nuvens
Em que o sol na sua zanga colossal, se amua
E se esconde pelas brumas do infinito
O amor penetrou como um raio de luz
Que se adentra por uma porta aberta,
Com a cumplicidade das nuvens ciganas
Que vagam no céu ao sabor das mutações
A alma se encontrava tonta e perdida,
Semi erma, sonhando a beira de um abismo
Onde ondas divagantes chocam se espatifam
Nos rochedos inóspitos da realidade
O amor era uma borboleta suave e inocente
Pousada no vasto terreno cheio de pedras
Uma pintura delicada em um ambiente hostil
A revelar que a pureza ainda poderia habitar-me!