Quando eu morrer
Tocarei de fato a sensibilidade do amor,
Verei concretizarem-se sonhos antigos
Ó amor das peregrinas e amantes flores,
Nascida do meu ser e sonhos errantes.
Acalmarei meu solitário coração
No bosque das ilusões perdidas,
Ao espectro de um tronco, onde exalará
O bálsamo do poeta que ama esta vida.
Espectro do canteiro, noites enluaradas
Onde minha alma viveu e amou a todos,
Guardarei meu sonho fascinado,
E em calmaria dormirei feito um tolo.
Mas quando prenunciar o amanhecer
E em altas horas o empíreo se aquietar,
Ao balançarem-se as seringueiras da floresta
Só o brilho da lua minha ‘lma há de clarear.