Quando eu morrer

Tocarei de fato a sensibilidade do amor,

Verei concretizarem-se sonhos antigos

Ó amor das peregrinas e amantes flores,

Nascida do meu ser e sonhos errantes.

Acalmarei meu solitário coração

No bosque das ilusões perdidas,

Ao espectro de um tronco, onde exalará

O bálsamo do poeta que ama esta vida.

Espectro do canteiro, noites enluaradas

Onde minha alma viveu e amou a todos,

Guardarei meu sonho fascinado,

E em calmaria dormirei feito um tolo.

Mas quando prenunciar o amanhecer

E em altas horas o empíreo se aquietar,

Ao balançarem-se as seringueiras da floresta

Só o brilho da lua minha ‘lma há de clarear.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 25/05/2007
Reeditado em 25/05/2007
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